terça-feira, 9 de setembro de 2008

Protocolo dia 09/09/2008


Encontro para interpretar, Shake Al Caparra, Alan Moore, Esfinge, Vendeta, sufismo, anarquismo, terror, um caldeirão de conteúdo espesso e vertiginoso, tentar separar uma poesia será alquimia? Dois lados , defesas concluídas a partir de vivências pessoais, no exercício de abandonar a singularidade, colocar-se no lugar e experimentar intenções contrárias as próprias é tão difícil como estar em cena de forma real, mesmo que seja fantasia, idéias avessas podem doer como facas, mas como alcançar a tal dialética sem abandonar-se a lâmina?
O Jesus estava entre nós , morto mas vivo, como a noite dos mortos vivos, terror!
Um ritual verdadeiro se iniciou, mas as verdades se chocam com outras verdades e não se sabe mais o que é verdade, meu terror!
Um profeta pregando a desistência dessa vida, seguidoras desistem dessa vida num ritual, sabíamos sobre os corpos de maneira exata, mas eu queria entrar naqueles corpos para decifrar o inexato, duvidas!
Um quadro em polêmicas, uma talvez igreja, um talvez sacerdote, uma talvez fiel. Tentativas de localizar a felicidade, doses de arrogância, o ser humano é contemptor ( agora sabemos o significado) , mas construir essa sentença também é generalizar, ó minha Deusa estamos cercados de armadilhas! Se faz necessário a busca pela partícula, a massa é feita de unidades, achar o homem universal por debaixo da máscara neutra é depois encontrar um universo de expressões, e impressões. Hoje fiquei com vontade de querer menos.
Quando um artista pode validar-se em uma busca concentrada e ganhar espaço, sem falar o idioma desse tipo de mercado de disposição? Agora chamam de disposição, ora, até pra dançar créu tem que ter disposição.
A respiração nos dá um bom mote , imagens como : entrar e sair, contrair e expandir, esvaziar e encher, atacar e defender, ao fazer uma coisa só se morre, vamos transitar então, para formar uma opinião.
Viver é manipular.


Edu Gusmão


Música: Deus e o herói

composição Beto Santos


Deus que me perdoe quando faço música que não vende

Deus que me perdoe como odeio chuva de meteóro

Deus que me perdoe como odeio beijo de estátua

Deus que me perdoe como sou apaixonado por políticos honestos


Mas há uma pane no sistema

Eu sou um herói, não um treponemo

Vou me vingar, vou rasurar, minha identidade secreta


É tão ruim de se ter fé

É tão ruim de se acreditar

É tão ruim ver nosso fim ao Deus-dará


Dias são nada mais que dias


( trecho recortado do texto A vida é sonho de Calderon de La Barca)


Verdade é então vamos reprimir essa fera condição essa fúria e ambição

Sonha o rei que é rei e segue com esse engano,

mandando e ordenando a governar

e esse abraço que recebe fingido no vento escreve

e em cinzas a dura morte o tórna, óh triste sorte.

Mas há quem queira reinar sabendo que há de despertar no triste sonho da morte?

Sonha o rico sua riqueza, que mais zelos lhe ofereça,

o pobre que padeça sua miséria e pobreza,

o que corre e pretende, o que agrava e ofende,

e no mundo em conclusão todos sonham o que são porém ninguém se entende

eu sonho que estou aqui, mas o que é a vida então? Um frenesi,

uma ilusão, uma sombra, ficção?

E o maior bem pouco é,

pois que a vida sonho é, e os sonhos, sonhos são!!

2 comentários:

ELT - ESCOLA LIVRE DE TEATRO disse...

ô, me convida pra moderar o brog...

marcicastro@terra.com.br

o cara do blog, rs.

beijos a todos, merda pra nós!

ELT - ESCOLA LIVRE DE TEATRO disse...

melhor, faça o convite a este email:
escolalivreteatro@gmail.com