terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Hoje

Hoje o dia acordou cinza

e a árvore que reside na minha calçada triste

parece que o tempo parou.

o sol não saiu,

o vento não veio

e as férias não passam.

Acordei cinza!

olhando para o violão, em cima do guarda-roupa, que nem sei tocar.

A lembrança traz o gosto amargo da saudade.

Saudade da voz da Lúcia, Marcelo, Roya e dos óculos do Edgar;

do cotidiano poetizado por Maria Fernanda, do sorriso da Patrícia e da Karina;

saudade da cor do Julio, Fernanda e Fernando;

do carinho da Natália e dos olhos da Yumi.

Hoje na tarde cinza

não haverá Sabrina, Gislaine, Lilian, Vanderson,

Alexandre, André, o Cris, a Cris e o Marcelo.

Hoje...

O corpo frio;

o coração calado;

os olhos tristes;

as mãos vazias;

os pés descalços;

o cabelo trançado;

as unhas roídas e a barba por fazer.

Saudade do Murilo, do Osmar e do Rafa,

do cabelo da Jade,

da roupa preta do Yuri,

dos personagens fanhos do Conrado

e das observações do Edú.

... tenho a voz do Alê Matte gravada no meu mp4...

Hoje as imagens (fragmentadas) invadem meu quarto

trazendo lembranças e buscando histórias que os olhos não viram,

em meio, a escuridão do dia 12 de março de 2008.


William Simplicio

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