terça-feira, 15 de abril de 2008

15.Abril

Era uma vez uma escola de magia e nessa escola havia um feiticeiro e seus 28 aprendizes... Que tinham como objetivo: aprender a voar, a transformar os objetos e a usar a varinha da alma. A cada aula uma descoberta; a cada tentativa uma quebra de barreira; a cada comentário uma nova inspiração e para cada aprendiz a magia ia tomando forma e força.
As aulas começaram com uma preparação para o vôo... O feiticeiro dizia com toda a sua experiência: - Respirem, massageiem os ombros, enraizem os pés para a coluna crescer e espiral, os braços soltos e seguindo sua oposição natural; respirem grande; usem o centro de gravidade; fluxo...
Acatando tudo isso, os aprendizes, tomados pela energia, estavam se preparando para voar... Quando a bruxa que morava no morro da solidão tapou o sol (que estava fraco, pois havia trabalhado o dia todo) desenhou nuvens negras e começou a atacar nos aprendizes gotas de tristeza... O feiticeiro muito rápido protegeu seus aprendizes criando um galpão recheado de sonhos. Lá saudaram o sol, que mesmo fraco iria precisar de força para o dia de amanhã. E isso eles fizeram numa dança delicada e feliz.
O feiticeiro e seus aprendizes sempre sentavam-se em círculo, pois tal desejo permitia que todos se olhassem com respeito e igualdade, e lá eles comentaram sobre suas práticas mágicas... O que havia dado certo e no que precisavam melhorar.


Poção DOROTÉIA: Muito solene, cuidado!

Poção PÍRAMO E TISBE: Muito concentrada, precisava ter menos energia.


Defesa contra as artes das trevas O REI DA VELA: Símbolos simples e com muito significado.


Mágica Mental NA SOLIDÃO DOS CAMPOS DE ALGODÃO: Simples e objetivo.


Transformações de objetos LIRA DOS 20 ANOS: não se deixar levar pela emoção.



O feiticeiro com sua delicadeza dizia: - As mágicas melhoraram muito, mas cada um de vocês precisam ter um domínio melhor de suas percepções.
Após a longa conversa, começara a aula prática: "Como aprender a manejar a varinha da alma?!". Cinco aprendizes mostravam suas pesquisas e os grupos se formavam... Discutiam, pensavam, ensaiavam e treinavam... E enfim chegava a hora de balançar suas varinhas e realizar suas mágicas:


Mágica nº1 - MORTE E VIDA SEVERINA - Tira da seca social os homens que jamais fogem da luta.


Mágica nº2 - DOMINGO NO PARQUE - Mostra-se a ciranda da vida e o julgamento sem certeza.


Mágica nº3 - CANTORA CARECA - Oferece absurdos para se chegar à realidade alienada.


Mágica nº4 - O SANTO MILAGROSO - Um toque de risadas misturadas a exercícios corporais.


Mágica nº5 - Doação de coragem e romance.



E novamente os aprendizes formavam o círculo da verdade... Daí vinha a cascata de comentários e o Mestre sorria com carinho, brandura e sabedoria, e dizia: - Nosso caldeirão que se encontrava tão vazio já se enche de mágica pura, simples, generosa e transformadora.
A bruxa do Morro da Solidão, enfraquecida pela genialidade do feiticeiro, já havia se retirado, o céu se apresentava limpo e os Deuses de Sabedoria sopraram uma brisa de esperança. E cada aprendiz saia com a certeza de que a mágica teatral estava dentro de cada um deles e que ela só cresceria e se fortaleceria se eles se unissem, se respeitassem e formassem um único coro chamado GRUPO!

Nathália!

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