A aula de hoje iniciou-se com aquecimentos e exercícios vocais. Foi um dia diferenciado; pois Edgar excepcionalmente privilegiou a voz, a articulação, o diafragma, enfim... Não o corpo.
Gislaine lê o protocolo da aula anterior. (que particularmente adorei.)
Logo após, partilhamos com Edgar um dos temas debatidos da nossa primeira reunião extraordinária: A Mostra De Processos. (Gostaríamos de saber o que ele tem pretensão de encaminhamento para nossa turma...): “...Conversaremos isso até quinta-feira, ok?” – respondeu o mestre após um breve silêncio.
Em seguida continuamos o processo de nossas aulas: Leituras das Cenas.
Gislaine lê o protocolo da aula anterior. (que particularmente adorei.)
Logo após, partilhamos com Edgar um dos temas debatidos da nossa primeira reunião extraordinária: A Mostra De Processos. (Gostaríamos de saber o que ele tem pretensão de encaminhamento para nossa turma...): “...Conversaremos isso até quinta-feira, ok?” – respondeu o mestre após um breve silêncio.
Em seguida continuamos o processo de nossas aulas: Leituras das Cenas.
Agora dá pra entender por Edgar privilegiou a voz!
(fazendo gesto de Edgar quando as coisas se encaixam: Hã...hã...hã...)
Ainda faltavam alguns para a primeira leitura interpretativa. Já outros haviam preparado com antecedência e já estavam na segunda leitura... Hoje, embora eu e alguns outros da turma cochilassem entre uma leitura e outra, percebi a brilhante idéia do nosso tão querido mestre: Dar uns certos “puxõezinhos” em nossas orelhas. O primeiro (de hoje), foi na Mayara... (ela ainda não percebe que o que é dito é para seu crescimento artístico e humano. É importante que ela saia desta casca para encontrar outras facetas). Em seguida, foram o trio de Os Fuzis da Senhora Carrar. Composto por Edu, Osmar e Karina. Onde a leitura se prolongou devido alguns bons direcionamentos de Edgar. Até improvisação de entendimento teve!
Ainda faltavam alguns para a primeira leitura interpretativa. Já outros haviam preparado com antecedência e já estavam na segunda leitura... Hoje, embora eu e alguns outros da turma cochilassem entre uma leitura e outra, percebi a brilhante idéia do nosso tão querido mestre: Dar uns certos “puxõezinhos” em nossas orelhas. O primeiro (de hoje), foi na Mayara... (ela ainda não percebe que o que é dito é para seu crescimento artístico e humano. É importante que ela saia desta casca para encontrar outras facetas). Em seguida, foram o trio de Os Fuzis da Senhora Carrar. Composto por Edu, Osmar e Karina. Onde a leitura se prolongou devido alguns bons direcionamentos de Edgar. Até improvisação de entendimento teve!
E foi muito bom, porque serviu para todos nós.
Acredito que em tudo que se faz é necessário à contradição... A personagem fica chata quando não se tem mais o que entender. Quando o obvio é obvio. Quando o ator entrega tudo ou julga sua personagem, ela já não é mais tão interessante. A contradição deve ser constante, não pode deixar de existir. Para que nós o público tenhamos sempre o interesse em acompanhar o desenrolar do que acontece. Até mesmo nos identificar. Como disse Charles Chaplin (lembrado pelo Sabrina): “Se uma coisa é engraçada, não há necessidade de ser para fazê-la.”
Pensar o que te coloca nesta situação também é fundamental.
Em mais uma de suas deliciosas histórias de vida (e da pra ver quem existem muitas em seu olhar) Edgar nos conta que uma vez, para chamar a atenção da sala e instaurar o silêncio-preenchido, uma antiga professora de oficina teatral rouba a cena fingindo que está vendo algo. E na verdade não via nada. Fingia. Pois sabia que o método do invisível era importante para instaurar o visível.
...
Acho que este não serve apenas para relatar somente a aula... Mas também as nossas impressões e sensações como um todo. Por isso quero fugir um pouco do que vem sendo protocolado.
Gostaria de falar um pouco de Edgar. Um ser humano fantástico que me deixa muito à vontade em suas aulas. Um mestre de luz que admiro e que me ensina por demais. Obrigado mestre. “Minha carroça nunca mais estará vazia”. Talvez não saiba... Mas assisti um dos espetáculos mais profundos e transformadores da minha vida, sob o direcionamento de seu olhar: Acunteceu o Acuntecido – a comédia do fim do mundo, da Formação7. (...) E sobre nossa turma, acredito que ela só vai fluir quando a gente se permitir.
___________________________________________________
Esta noite se encerra (para mim) como a brisa da loucura lúcida, batizada com o sangue de Dionísio em uma bela garrafa de um litro e meio trazida por Felipe (F11). Entre canções, papo furado, sorrisos e filosofias, as palavras absurdas de uma “Mendiga” escrita por Edu (uma das pessoas mais fantásticas que venho conhecendo) é interpretada por Nadia (f10) que leu pela primeira vez brilhantemente. Sua interpretação nos chama muita atenção. (uma leitura simples, mais com muita verdade. Sem deixar claro quem está certo ou errado. Ninguém é bom. Ninguém é ruim. Contradição. Uma das palavras mais usadas por Edgar hoje. Para mim, encerra-se mais um ciclo. Eu agradeço a Todos que presenciaram este momento ímpar.
TODO SER É CONTRADITÓRIO E FASCINANTE. TORNO-ME FELIZ EM SER.
Teatro é vida, é morte. É começo, é fim. É festa!
vanderson
(Ah, só pra completar: Fazem 3 dias que a Inês não comparece... Estamos preocupados.)
Acredito que em tudo que se faz é necessário à contradição... A personagem fica chata quando não se tem mais o que entender. Quando o obvio é obvio. Quando o ator entrega tudo ou julga sua personagem, ela já não é mais tão interessante. A contradição deve ser constante, não pode deixar de existir. Para que nós o público tenhamos sempre o interesse em acompanhar o desenrolar do que acontece. Até mesmo nos identificar. Como disse Charles Chaplin (lembrado pelo Sabrina): “Se uma coisa é engraçada, não há necessidade de ser para fazê-la.”
Pensar o que te coloca nesta situação também é fundamental.
Em mais uma de suas deliciosas histórias de vida (e da pra ver quem existem muitas em seu olhar) Edgar nos conta que uma vez, para chamar a atenção da sala e instaurar o silêncio-preenchido, uma antiga professora de oficina teatral rouba a cena fingindo que está vendo algo. E na verdade não via nada. Fingia. Pois sabia que o método do invisível era importante para instaurar o visível.
...
Acho que este não serve apenas para relatar somente a aula... Mas também as nossas impressões e sensações como um todo. Por isso quero fugir um pouco do que vem sendo protocolado.
Gostaria de falar um pouco de Edgar. Um ser humano fantástico que me deixa muito à vontade em suas aulas. Um mestre de luz que admiro e que me ensina por demais. Obrigado mestre. “Minha carroça nunca mais estará vazia”. Talvez não saiba... Mas assisti um dos espetáculos mais profundos e transformadores da minha vida, sob o direcionamento de seu olhar: Acunteceu o Acuntecido – a comédia do fim do mundo, da Formação7. (...) E sobre nossa turma, acredito que ela só vai fluir quando a gente se permitir.
___________________________________________________
Esta noite se encerra (para mim) como a brisa da loucura lúcida, batizada com o sangue de Dionísio em uma bela garrafa de um litro e meio trazida por Felipe (F11). Entre canções, papo furado, sorrisos e filosofias, as palavras absurdas de uma “Mendiga” escrita por Edu (uma das pessoas mais fantásticas que venho conhecendo) é interpretada por Nadia (f10) que leu pela primeira vez brilhantemente. Sua interpretação nos chama muita atenção. (uma leitura simples, mais com muita verdade. Sem deixar claro quem está certo ou errado. Ninguém é bom. Ninguém é ruim. Contradição. Uma das palavras mais usadas por Edgar hoje. Para mim, encerra-se mais um ciclo. Eu agradeço a Todos que presenciaram este momento ímpar.
TODO SER É CONTRADITÓRIO E FASCINANTE. TORNO-ME FELIZ EM SER.
Teatro é vida, é morte. É começo, é fim. É festa!
vanderson
(Ah, só pra completar: Fazem 3 dias que a Inês não comparece... Estamos preocupados.)
Um comentário:
Saudades, simplesmente.
De ouvir um protocolo ou coisa queo valha.
Saudades.
Postar um comentário