Depois de um semanão compartilhado com a Fodez e a Fonze entre oficinas, espetáculos e festa, está mais do que na hora de suar a camisa, colocar os nossos "ossos do ofício" no lugar, aquietar o coração e a mente e respirar.
Ponta do pé, desce devagar e pega impulso para trás. Repete.
Braço esticado, desce o quadril, fica de cócoras com o calcanhar no chão, levanta desenrilando a coluna. Repete, repete.
Flexiona um pouco mais o joelho, mexe só o quadril (direita, esquerda, frente, trás). Repete, repete, repete.
Mexe só o tronco (direita, esquerda, frente, trás). Repete, repete, repete, repete.
Mexe só a cabeça (direita, esquerda, frente, trás). Repete, repete, repete, repete, repete.
Mexe só os punhos (frente, trás, fora). Repete, repete, repete, repete, repete, repete.
Com os braços para trás tenta encostar os cotovelos e com os braços na frente. Repete!
Vamos caminhar em círculo, enraizando os pés no chão, deixemos que as nossas bacias nos levem e que o nosso corpo siga o fluxo. Os braços se movimentam opostamente aos pés, pois a energia é espiral. De vez em quando massageie os ombros e não esqueça da nuca aberta. Em diagonal, um por vez, corre, dá um pulo e "Ah!!. Uma simples brincadeira onde não existe a técnica, mas a descoberta. Agora corre e gira. Corre dos dois lados e gira. Essa sequência inicial me faz pensar que a repetição de movimento nos leva ao natural, de início é difícil controlar, ter consciência do corpo e fazer tudo junto, mas depois o seu corpo ganha fluidez e fica mais fácil realizar mais de uma coisa ao mesmo tempo.
O próximo exercício foi em duas filas e de dois em dois, pulávamos o vão apoiando os braços no do parceiro. Achei um delícia, quando pulava me sentia leve e quando era apoio não sentia a força que fazia. Ainda nessa fila, andamos em 8 deixando os braços soltos e o corpo ser levado pela bacia. Senti dificuldade, me senti dura, limitada aos braços.
Talvez a ordem das coisas nesse registro seja alterada, pois a bateria da minha memória dura aproximadamente 12h.
Nos espalhamos pelo espaço e a cada comando do bastão moldávamos nosso corpo, sempre renovando a posição e sem se deixar levar pela cabeça, pela racionalização do movimento. As batidas diminuíam o ritmo até cessar e o nosso corpo se movia no tempo em que uma montanha se forma, que o cabelo cresce. As imagens de outros corpos no espaço me afastavam dali, fechei os olhos. Colunas e fileiras. 8 tempos.
Nos dividimos em grupos para observar o espaço e hipotetizar lugares que a nossa imaginação oferecia. Saíram cenas criativíssimas, mas observei que todas fugiram um pouco da idéia do exercício, que era mostrar lugar e não situação.
Fizemos uma roda para discutirmos tudo o que aconteceu na oficina e o nosso "Grande Edgar" psicografou-nos uma história que me fez refletir sobre a simplicidade pedida no exercício do espaço. (Preencherei os buracos de esquecimento da história com a minha imaginação):
"O menino e o pai andavam pela estrada quando ouviram um barulho se aproximar. Então, o pai perguntou - Que barulho é esse? - o menino respondeu - É uma carruagem. E a carruagem está cheia ou vazia?, disse o pai. Não sei, respondeu o menino depois de pensar. Ela está vazia, continuou o pai, porque faz muito barulho."
Merda! (trans)Formação 12
Sabrina Motta
Ponta do pé, desce devagar e pega impulso para trás. Repete.
Braço esticado, desce o quadril, fica de cócoras com o calcanhar no chão, levanta desenrilando a coluna. Repete, repete.
Flexiona um pouco mais o joelho, mexe só o quadril (direita, esquerda, frente, trás). Repete, repete, repete.
Mexe só o tronco (direita, esquerda, frente, trás). Repete, repete, repete, repete.
Mexe só a cabeça (direita, esquerda, frente, trás). Repete, repete, repete, repete, repete.
Mexe só os punhos (frente, trás, fora). Repete, repete, repete, repete, repete, repete.
Com os braços para trás tenta encostar os cotovelos e com os braços na frente. Repete!
Vamos caminhar em círculo, enraizando os pés no chão, deixemos que as nossas bacias nos levem e que o nosso corpo siga o fluxo. Os braços se movimentam opostamente aos pés, pois a energia é espiral. De vez em quando massageie os ombros e não esqueça da nuca aberta. Em diagonal, um por vez, corre, dá um pulo e "Ah!!. Uma simples brincadeira onde não existe a técnica, mas a descoberta. Agora corre e gira. Corre dos dois lados e gira. Essa sequência inicial me faz pensar que a repetição de movimento nos leva ao natural, de início é difícil controlar, ter consciência do corpo e fazer tudo junto, mas depois o seu corpo ganha fluidez e fica mais fácil realizar mais de uma coisa ao mesmo tempo.
O próximo exercício foi em duas filas e de dois em dois, pulávamos o vão apoiando os braços no do parceiro. Achei um delícia, quando pulava me sentia leve e quando era apoio não sentia a força que fazia. Ainda nessa fila, andamos em 8 deixando os braços soltos e o corpo ser levado pela bacia. Senti dificuldade, me senti dura, limitada aos braços.
Talvez a ordem das coisas nesse registro seja alterada, pois a bateria da minha memória dura aproximadamente 12h.
Nos espalhamos pelo espaço e a cada comando do bastão moldávamos nosso corpo, sempre renovando a posição e sem se deixar levar pela cabeça, pela racionalização do movimento. As batidas diminuíam o ritmo até cessar e o nosso corpo se movia no tempo em que uma montanha se forma, que o cabelo cresce. As imagens de outros corpos no espaço me afastavam dali, fechei os olhos. Colunas e fileiras. 8 tempos.
Nos dividimos em grupos para observar o espaço e hipotetizar lugares que a nossa imaginação oferecia. Saíram cenas criativíssimas, mas observei que todas fugiram um pouco da idéia do exercício, que era mostrar lugar e não situação.
Fizemos uma roda para discutirmos tudo o que aconteceu na oficina e o nosso "Grande Edgar" psicografou-nos uma história que me fez refletir sobre a simplicidade pedida no exercício do espaço. (Preencherei os buracos de esquecimento da história com a minha imaginação):
"O menino e o pai andavam pela estrada quando ouviram um barulho se aproximar. Então, o pai perguntou - Que barulho é esse? - o menino respondeu - É uma carruagem. E a carruagem está cheia ou vazia?, disse o pai. Não sei, respondeu o menino depois de pensar. Ela está vazia, continuou o pai, porque faz muito barulho."
Merda! (trans)Formação 12
Sabrina Motta
2 comentários:
Estranho é imaginar que este encontro narrado foi o "primeiro".
Gostoso é saber que nesta segunda começa a nossa terceira semana.
Diferente é começar a sentir-se transformado em tão pouco tempo.
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