Anteninhas Biro Biro Espacial...

Pois é, não teve jeito, chegou a minha vez de fazer o protocolo... Também né, o Edgar fez aquela perguntinha... “Quem ainda não fez o protocolo????”

Aí SÓ eu levantei a mão, e bem na frente dele, não tinha como ele não ver meu dedo tímido levantado, aí eu escuto: “Então a Karina faz o protocolo dessa aula.” Aí eu fiz cara de super não me importando e dona da situação, mas só eu sei a angústia... a tal contradição.

Bom, então voltemos a aula de quinta (05/06).

Edgar: “Hoje vamos andar lá fora, Murilo cadê seu tênis?? Então coloca que vamos caminhar lá fora...”

Murilo(gritando): “Todo mundo coloca o tênis porque vamos andar lá fora!!!!” – Coisas de Murilo.

Andando na praça:
· Hoje foi o dia das anteninhas e da respiração pela nuca
· Pra acionar as antenas precisa pisar com o pé todo, ir pra baixo pra crescer... Olhem que coisa muito louca, pra crescer precisa ir pra baixo... Ir pra baixo pra crescer...

Em duplas, vamos brincar de super-herói - um de cada vez.

Agora os dois serão Super-Heróis, é como a briga do palhaço, eu recebo o golpe e me abasteço para mandar o meu golpe. Informação super pertinente do Edgar em, não desperdiçar energia... Super pertinente porque eu preciso aprender a fazer isso, no último golpe que recebi da Sabrina, literalmente me joguei pra trás e com isso ganhei uma cor roxa na minha mão direita durante 3 dias...

Fizemos também um delicioso aquecimento de voz na praça... Literalmente jogamos a nossa voz para o céu, pra cima dos telhados, pra cima das arvores, embaixo dos carros...

Entramos e o Vand leu seu muito pessoal e lindo protocolo com participação especial do ilustre Erasmo Carlos cantando pra galera “Criança Sucesso”.

Iniciamos nosso trabalho de leitura e no dia eu não havia percebido, mas tivemos uma noite extremamente Rodriguiana :
1)Fê e Mafê com o texto: Vestido de Noiva do Nelson Rodrigues.
2)Gi e Paty escolheram: “Álbum de Família” – Nelson Rodrigues
3)André e Vand escolheram também “Álbum de Família” – Nelson Rodrigues

Considerações Edgarianas:

“Personagem bom é aquele que já no início de sua fala está abastecido de algo, Alegria, Raiva...”

“Não procurem emoções no abstrato, vai pro corpo...”

“Mafê, a gente sabe que você é louca, mas quando vai pra cena, você fica timida... Bota pra fora sua loucura, Mafê!!!!!!!”

“Quando você vai contar pra alguém algo que te aconteceu, invariavelmente você imita a cena.” Ex: Louca na plataforma do trem.
Através desse exemplo, apareceu uma tal de CHAVE DRAMÁTICA!!!

1)CHAVE DRAMÁTICA : IDENTIFICAÇÃO!!!
O público se identifica com o que a personagem está contando, pois o ator ao construir a personagem escolheu se colocar na situação. E com isso o público pensa: “todos agiriam assim, até eu agiria se estivesse em seu lugar.” É realmente a chave de identificação, o público se identifica com a situação que está sendo “vivida” no palco.

2)CHAVE ÉPICA: MOSTRAR!!!
Mostro / Narro como ela (personagem) agia naquele momento. – Ex: Nojo - Coçar o pescoço? Mãos que não se aquietam?
AÇÃO NARRATIVA – by Mafê

Depois do intervalo, conversamos sobre a Mostra e a única coisa que ficou realmente decidido foi a data da nossa ocupação.

Egar: E qual o nome da ocupação, já escolheram???
Fernanda: Já escolhemos sim, fala aí Jade...
Jade: Fala você...
Fernanda: OCUPADOZE!!!
Edgar: Ocupadoze? Ocupadoze??? Cacafônico isso, né pessoal????
Lilian: “E (trans)formação???”
Egar(coçando o queixo): “É... penso que (Trans)Formação é mais legal...”

Bom sobre esse assunto voltaremos a conversar na segunda-feira, na aula da Cuca.

Quero agradecer a galera pela partilha de idéias, pela troca, pelas nossas diárias descobertas, acredito que a maturidade se dá por meio dos conhecimentos e trocas que possibilitamos. Nossos anseios e questionamentos tomam novo corpo quando modificando o olhar alteramos a realidade das coisas, talvez não no mundo, mas dentro dos nossos olhos e por enquanto, isto basta para que encontremos "propósitos" que nos tornem legitimamente humanos, essencialmente vivos e verdadeiramente livres.

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